Aquela canção que eu não terminei
era ternura,
criatura
era um amor
em flor
um mar de fantasia
jubileu de alegria,
depois do fim do dia
apenas um cálice
na platéia
verdades insólitas para solidão
agora,
em passos despedaçados
um quebra-cabeças sem lógica
esvanecidas
palavras lançadas no vento
em vôo de barata deslambida
na perna torta de um garrincha
na maquiagem de uma marina
um deslembrado canto blues
tonto coração,
que não vive sem ilusão
Beto Matos
24 de mai. de 2012
Pelas pontas
Deixo me ir, pois vôo seguindo certo
as linhas tortas do meu Deus-escritor.
Na ponta do lápis, fazendo as contas, das horas que faltam, pra cair no samba, na ponta do pé.
De ponta de pé ou de ponta-cabeça, ver o mundo cercado com hipocrisia.
De bicho-de-pé, minha agonia veste fantasia, ultraje mascarada para aparições,
quase verdadeiras. para mudança: rei do faz-de-conta, pelas pontas da próxima delegacia.
Viva a nossa prospera democracia!!!
Beto Matos
Na ponta do lápis, fazendo as contas, das horas que faltam, pra cair no samba, na ponta do pé.
De ponta de pé ou de ponta-cabeça, ver o mundo cercado com hipocrisia.
De bicho-de-pé, minha agonia veste fantasia, ultraje mascarada para aparições,
quase verdadeiras. para mudança: rei do faz-de-conta, pelas pontas da próxima delegacia.
Viva a nossa prospera democracia!!!
Beto Matos
8 de mai. de 2012
Sobre o Perdão:
O perdão, Minha Comadre,
Confundem com esquecer
O fato, a causa, a ofensa,
Que o outro veio a fazer.
Mas creio profundamente:
Pra perdoar totalmente,
É só lembrar sem sofrer!
É só a mão estender
É só apertar outra mão,
É só lembrar que o outro
É nosso par, nosso irmão.
Não somos Deus, pra julgar,
E o nosso irmão condenar
Nunca foi nossa missão!
Se eu estou com a razão,
Ela fica do meu lado.
No entanto, quando eu erro,
O fato está consumado.
O melhor é perdoar,
Pois o dia há de chegar
De eu também ser perdoado!!!
Compadre Lemos
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