27 de mai. de 2015

ACHO GRAÇA

VOCÊ PRAÇA
ACHO GRAÇA
VOCÊ PRÉDIO
ACHO TÉDIO

Pichação em muro

26 de mai. de 2015

Poetisa

Trintona
Balzaquiana
Linda
Eu
Jovelina.

Jovelina Carvalho

Mais vale

Mais vale alguém
perdido
e em busca de si

Do que
uma multidão
que se acha.

Ni Brisant

13 de mai. de 2015

Sonetilho do bem bolado

O meu é tao bem bolado
que tu pode jogar no chão
que ele fica apertado ...
não tem erro não


tu pode até deixar na chuva
que quando secar
feito boa uva
tu ainda pode queimar

mas se quiser um coninho
bolo com todo carinho
não sou chegado em pastel

só o de feira mas sem papel
pastel de camarão
nem vira nem quero não nãO...

Leandro Acácio

9 de mai. de 2015

Anti-ciúme e suas delinquências. Viva o amor sem condições

O ciúme é um sentimento
IMPOSTOR:
finge que nasce do amor,
mas tortura o amor por vaidade
e pirraça.

Segue a máxima
de que o amor que já não fica
por vontade,
de repente ficará
POR AMEAÇA.

Bruna Caram

5 de mai. de 2015

Poesia Pura

Quando escrevo,

evito rasura.

Todo traço passado sobre o crivo do escrito
reveste o ato inexato
de fato desdito.

Deletério.
Aborto no verso.
Versuicídio.
Risco grafofágico
da caneta esferopata.

Chacina da estrofe inocente.
Refluxo de pensamento.
Arrependimento perverso.
Troféu da edição.
TraZdição da LEItura.

Quando escrevo,
rejeito rasura.

Sou dado às profundidades.

Mergulho de peito aberto
e escancaro...
                           o coração.

Navego serenamente entre faltas e sobras.

Alço velas nos intervalos.
[ACENDO SUAS NUANCES]

Nado nas entrelinhas.
Velejo a vida a olho nu.
Contemplo minhas tempestades.
Tempero as intempéries.
Respiro calmarezas.
Marino amarguras.

Não enjoo no mar. Não enjoo do mar.

O mar é meu dicionário.
Puxo rede de arrasto
em pesca noturna
e saio cheio de saliteraturas.

Quando escrevo,
recuso rasuras.

Thiago Kalu