17 de jan. de 2008

Torpor



Por um momento pretendo manter o controle
Firmo meus pés no chão
Ohos atentos à minha volta
Planejar, projetar,progredir
Refletir
È importante revisar os acontecimentos recentes
De repente, por um lapso
Ou se é caso pensado, não sei
Procuro a insanidade a todo custo
Abrindo mão de acordos
Auto-pré-estabelecidos comigo mesmo
E mais ninguém
E mergulho no vinho
E me embriago
E quando o torpor por vir
Me agarro com todas as forças
E prendo por horas, dias, semanas, segundos
Aí dentro crio o meu mundo
Então tudo passa logo
E acontece que
Antes mesmo da ressaca
Retoma a voz dentro de mim a gritar
Ego, super-ego
É, o ID não poderia estar sozinho
Lúdico
Nestas questões me pego a pensar aflito
Se devo ou não ter controle
Pois as sensações que invadem o meu peito
E que com a velocidade de um turbilhão
Entram e saem, explodem
Estas, amigo, já conheço de longa data
Pois sempre as carreguei comigo
Não respeitam minha vontade
Muito menos são previsíveis
Sou marionete delas, e gosto, e vivo
E olha que nem falei de amor ainda.

Pedro Campos

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