29 de jan. de 2016

Marina Menina

mulher

o impacto provocado
pela primeira visão
de sua feição
permanece presente

ao observar
o deslizar do seu corpo
uma poesia ambulante

antes desconhecia
o verdadeiro sentido
de andar

pois sua dança
não carece de música

preenche e ilumina
o espaço
o salão

prendo a respiração
não quero perder nada
te ver entusiasmada
pelo verbo que digo

sinto que inspiro
o melhor em você

pode ser que não
pode ser que sim

que importa mesmo
é o bem que fazemos
um pelo outro

de modo instintivo
nos procuramos
como cegos no escuro
e sempre encontramos
um ao outro

é o que temos
de valor
é o que tem pra hoje.

Pedro Campos



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