17 de dez. de 2015

Carne Putrefata

Almas porcas se manifestando!
O lodo espesso se vestindo de verde e amarelo!
Emerge afinal os espíritos imundos desinibidos!
Bem articulados no seu ranger de dentes!
Querem armas, querem sangue, apedrejadores!...
Os linchadores são os indivíduos mais covardes!
Na multidão, esbravejam, babam e rosnam!
Morrem de medo de caminhar só, pois medem o espírito doutros pelos próprios!
O sinal da desumanidade aflora nos quatro cantos!
Mas foi no canto direito que a torneira do sebo foi esquecida aberta!
Não há esperança nesses corações, apenas rancor e amargura!
Nem um cacto é capaz de brotar nesta terra seca!
Nem uma larva de mosca é capaz de se alimentar desta carne putrefata!
A vida não prospera nesse ambiente estéril, infértil!


Paulo Leão