5 de mai. de 2011

CRÔNICAS?

Queria compor uma crônica aguda. Câncer terminal, desses que leva antes da hora os miseráveis dependentes de hospitais públicos. Todos viciados usuários (!) ou, pelo menos, assim tratados.
Revolucionária. Como aquelas de outrora, que ainda tingem de preto promissores jovens de classe media esbaldados em bebidas, cigarros e outros importados; vomitando palavras de ordem em balcões de bares, cuja presença é mais alta que o dinheiro do mês de muito trabalhador brasileiro. Um exemplo de usuários bem tratados. Mas ‘apenas’ viciados.
Um crônico motosserra pra falar do fogo e de tudo que se queima nas churrasqueiras. A cor-de-carne como a força do sertanejo, do agricultor, do pedreiro e do mendigo.
Escandalosa, dessas que viram capa de jornal e de revista, mas o papel que se perca, vá pro lixo, se desmanche e se recicle, renovando-se escandaloso outra vez. “Cruz credo”, como dizia minha avó. Estão todos babando de vontade de ser feliz.
Enfim, que seja bem festiva! Samba enredo pra disfarçar de alegria nosso verdadeiro carnaval.
Por outro lado, me sinto frágil, incapaz de ta tal plágio, sou um mentiroso dissimulado: prefiro ficar aqui fazendo piada das minhas infelicidades, a ter que compactuar com essa que se mostra tão cruel e metódica – desde tempos em que o minuano era um refrigerante

Wagner Melo Oliveira Melo.

Nenhum comentário: