19 de jul. de 2009

Ah, próximos passos, como sofrem!

Mudar da ingenuidade de não conhecer quem és é saltar do penhasco sem saber o que está embaixo. Se não tem asas para escapar, ou um balão para te levar pro alto. Já era, foi, pum!

Ah, como é bom ser cego, surdo, burro. Mexer com a vida sem que ela se mexa. Mudar as coisas de lugar sem motivo, só para ver no que vai dar.

Mas que merda essa ninharia de virtudes que temos, essa ínfima quantidade de emoções enormes e maravilhosas que vivemos. Pare com isso, deixe de ser fútil e frouxo. Seja tu, seja teu, seja eu.

Então passe. Passa o tempo, passatempo, tudo novo. Como vim? Quando vou? Que papo furado. Só perguntas cretinas num monte de clichês, num monte de penas de pavão. Rabo aberto pra chamar atenção de si mesmo.

Então vá. Vá de carro, chegue logo, logo nada, ande e veja como, mesmo longe, a viagem tem seu prazer. De estar contigo, de estar contido, ouvindo, vendo… Agora sim…

Ah, próximos passos, como vocês sofrem.

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