16 de jul. de 2009

CINCO SEGUNDOS...ETERNOS

Luz vermelha
Da disparada dor
Cotidiana
Emana
A carência
Sem referência
O sinal vai abrir
“tio, óia o chiclete”.
à bala na mão
não no peito
no trânsito louco
transita a fome
que sujeita o homem
o sinal ta fechado
o coração também
a esperança acelera
fugiu avenida a fora
buzina agita
o peito grita
o som não sai
a fome mastiga
e por aí vai
o vidro ta limpo
sou malabarista e brinco
“tio, me dá”.
cinco...
segundos de atenção ““.
quero quebrar
da algema o elo
evitar o duelo
saí vencedor
na batalha final
ser bem, não mal.
chiclete ofertado
trânsito parado
vidro fechado
fim anunciado
na troca de balas
com todo efeito
não mais na mão
agora no peito
ajoelho e deito.
O semáforo abriu.

Moises Abilio

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