31 de mai. de 2010

Voragem

Abriu a janela e deixou que entrasse a chuva. Até que a
casa-casa se tornasse casa-rio, casa-mar. Até que surgissem
as primeiras algas e uma areia fina recobrisse o que era
ladrilho e mármore. Até que o primeiro peixe, veloz e
prateado, reinventasse prazeres e caminhos
E então, só então, adormeceu.

Márcia Maia

Nenhum comentário: