20 de ago. de 2008

New York Jazz

Uma ponte sobre as águas turvas
e o trumpette do Chet Baker
ao fim de um longo túnel: paz.

New York Jazz sitiada por fantasmas
que querem embarcar no metrô e os
hispânicos e hindus viraram árabes
nas avenues.

Fecho os olhos para ouvir Philip Glass
Antes que a TV me convença que
Manhattan está no quintal de minha casa.

New York soterrada e exala o cheiro
de milhares de assuntos sem gavetas.

New York Jazz distorcida,
talvez maquete num museu em Hiroshima:
Drum´in Bass na cabeça de um tempo
sem ternura.

Paulo Almeida

Nenhum comentário:

Arquivo do blog