27 de out. de 2011

A vida é minha deixa...

As ruas sussurram
Esquinas se beijam
Olhares perfuram o escuro
Pichadores maculam igrejas
Eu fujo sem que me vejam
Maluco beleza
Obscuro igual Raul Seixas
A vida é minha deixa

Já acumulo tantos murros em pontas de faca
Que mal consigo contar nos dedos as vezes em que estive em apuros, saca?
Igual um bebe chutando do útero
Eu luto pelo futuro
Sem nem um puto no mundo adulto e babaca

Eu não durmo mais eu sonho
Componho no turno noturno
Não controlo o rumo das minhas canções
Entre letras e números tretas e outros absurdos
Eu quase perdia a razão, tive as minhas razões

Eu não represento o senso comum, tudo que eu penso é incomum é denso, é tenso é a vida vista no zoom

Perdida, desperdiçada, despedaçada
pra mim prometida
parte partida
parte de carga pesada
meio inibida
pouco tentada
beleza testada
tudo ou nada
sonho acordado
vivendo meu sonho
sonhando a minha vida
meto o pé na estrada
eu to decidida
a não ficar muda
eu vou fincar minha raiz
sou bruta flor
crescer e ser pra sempre um aprendiz
de feiticeiros
poetas
guerreiros
e na certa
com amor e tolerancia
eu vou chegar na minha meta
to numa viajem de perguntas
a procura de respostas
ponho fé na minha conduta
e pago o preço da aposta
to pronta pra jogar
nesse selva de concreto
pra perder
ganhar
pelo justo pelo certo

eu me imponho uma nova melodia
eu me alimento de um novo dia

Kl Jay, Aori e Lívia Cruz

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